No aniversário de 291 anos de Cuiabá, hoje, vejo-me impelido a fazer algumas considerações sobre esta cidade em que cheguei há 19 anos e escolhi construir família e educar filhos.
Sou a prova de que o famoso ditado popular que diz “quem come a cabeça de pacú não sai daqui” é sábio. Eu não saí, aqui encontrei o meu lugar. E já me considero cidadão cuiabano de coração e titularidade, uma vez que fui agraciado pela Câmara Municipal com tal honraria.
Devoto amor a capital matogrossense. E por ter este sentimento me entristeço quando vejo hospitais lotados, sem leitos para abrigar a população doente. Esse quadro dramático me fez destinar recursos, juntamente com todos os outros parlamentares da bancada federal, de R$ 14 milhões, com o propósito de construir um novo hospital, o hospital universitário da UFMT.
Não está sendo fácil consolidar essa verba, proveniente de emenda de bancada, estamos fazendo esforço conjunto para não deixar o governo federal cortar esses investimentos importantes para a saúde do município.
Cuiabá tem várias deficiências, na infraestrutura a situação chega a ser caótica. Para minimizar um pouco esse quadro, investi das emendas individuais R$ 600 mil, que irão asfaltar ruas da cidade. Também aloquei dessa mesma fonte R$ 400 mil para construção de um ginásio esportivo.
Não é muito, mas tenho feito a minha parte em outras frentes também como exercer pressão junto ao governo federal para liberação de investimentos quando se faz necessário.
Deficiências existem e temos trabalhado para saná-las. Contudo, esta senhora de 291 anos tem seus encantos e é difícil não se apaixonar. É assim saboreando o típico bolo de arroz e bolo de queijo no café da manhã; comendo pintado frito e ensopado ou uma Maria Izabel com paçoca de pilão no almoço; ou mesmo tomando um escaldado no final da noite no Choppão.
As festas de santos são bonitas de se ver. A devoção dos fiéis ao santo padroeiro da cidade, Senhor Bom Jesus de Cuiabá. Mas a festa de grande comoção social é a de São Benedito. Os dias de "esmola" da Festa do Senhor Divino e a Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, uma cópia em miniatura da Catedral de Notre Dame, em Paris, também encantam os cuiabanos fervorosos.
Não posso deixar de ressaltar as belezas naturais, culturais e costumes da nossa cidade, Cuiabá foi premiada por cobiçados ecossistemas: o cerrado e o pantanal. E não podemos esquecer que é Centro Geodésico da América do Sul. Se no plano físico e geográfico, a cidade é diversificada, também é cosmopolita, abriga todas as raças e cores, fortalecendo o conceito de capital da miscigenação cultural.
Nela convivem paulistas como eu, gaúchos, cearenses, baianos e paranaenses. Não tenho dúvidas de que tanto os cuiabanos de "chapa e cruz" quanto os "paus rodados" podem celebrar mais esse aniversário da cidade com todas as suas imperfeições e características ímpares.
Autor: Homero Pereira, deputado federal
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